sábado, 31 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Wonder

Meu dia hoje começa com você pegando meu ônibus.  Oi? Por quê? Será que você me esqueceu de tal modo que aquele ônibus não te representa mais nada? Eu me escondi no fundo do ônibus. Fiquei com medo de que você me visse ali, desse meia volta e saísse do ônibus, sei lá, foi meio que uma reação do momento.  Passei a "viagem" toda tremendo e com coração bombando pensando por que você tava ali e qual seria sua reação ao me ver na hora de descer.  Chegando no ponto, você não desce.  Por quê?????? Adotei a hipótese de que você talvez tenha pego aquele ônibus pra comprar alguma coisa, por isso não tinha descido e por isso o tinha pego.  É.  Na hora da saída, quando estava indo ao meu ponto vi você lá, de costas, sozinho indo pro seu. Fiquei me perguntando por quê.  Por que eu te vejo sem que você me veja? Ou será que você me vê sem que eu te veja também? Se a suposta ideia de você sair de sala era pra eu seguir em frente então porque eu não te vejo feliz com os amigos? Só te vejo triste.  Então fiquei pensando, será que o nosso livre abírtrio chega ao ponto de a vida nos mostrar aquilo que a gente quer ver? Ou será que ela tá sempre nos mostrando a verdade mas só enxergamos os sinais que a gente quer ver? Por que a vida nunca me ajudou a te esquecer? Será que eu não quero ou não devo? Tocar I Want to Know What Love is no carro de som na rua enquanto a gente fazia nosso primeiro trabalho juntos em 2010, e Amar não é pecado (essa música é muito gay) enquanto a gente tava abraçado no ônibus é covadia né.  Prefiro acreditar que, mesmo que estejamos mais distantes esse ano, não deixa de ser mais um capítulo da nossa história, que se tudo podia ter acontecido esse ano, e daí no ano que vem não nos veríamos mais e seria tudo mais fácil, mas não aconteceu assim, é porque ainda temos histórias pra viver.  Prefiro acreditar estar naquele capítulo do livro que é chaato e angustiante em que os mocinhos se separam por n motivos mas no final eles acabam se juntando de novo.  Ilusão demais? Talvez.  Mas é o que me mantém aqui.  Fazer o que?